É uma das doenças respiratórias mais comuns, causada por inflamação pulmonar crônica que obstrui o fluxo de ar. Além disso, está associada a um risco aumentado de desenvolver outras doenças (infecções respiratórias, câncer de pulmão, etc.). Tem uma prevalência global de 13% e, embora seja progressiva, o manejo adequado mantém a qualidade de vida e reduz os riscos de outras patologias.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
O enfisema e a bronquite crônica são as duas condições mais comuns que contribuem para a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). O enfisema consiste na destruição dos bronquíolos, a estrutura respiratória que permite a troca de oxigênio e dióxido de carbono, como resultado da exposição prejudicial à fumaça do tabaco e outros gases e partículas irritantes. A bronquite crônica é o resultado da inflamação do revestimento dos brônquios.
A principal causa da DPOC nos países desenvolvidos é o tabagismo, embora outros irritantes possam causar doença pulmonar obstrutiva crônica, incluindo o próprio fumo do cigarro, a poluição ambiental e a exposição ocupacional a poeira, fumaça ou gases tóxicos. Nos países em desenvolvimento, está principalmente associada à exposição a gases provenientes da queima de combustíveis para cozinhar e aquecer em casas mal ventiladas.
Sintomas
A DPOC geralmente aparece entre os 40-50 anos, mas tem uma evolução lenta e um agravamento progressivo. Os sintomas geralmente não aparecem até que ocorra um dano pulmonar significativo e tendem a piorar com o tempo, especialmente se a exposição ao tabaco continuar. Com o tempo, pode limitar a capacidade da pessoa de realizar atividades diárias e, em casos graves, pode impedi-la de realizar até mesmo as tarefas mais básicas. Os sintomas mais comuns incluem:
- Falta de ar, especialmente durante a atividade física.
- Chiado no peito.
- Sensação de aperto no peito.
- Tosse crônica que pode produzir muco.
- Infecções respiratórias frequentes.
- Falta de energia.
- Perda de peso involuntária.
Prevenção
A melhor forma de prevenção é reduzir os fatores de risco. Estes são os mesmos que podem desencadear, piorar a doença quando já está estabelecida ou exacerbar os seus sintomas.
- Parar de fumar é a medida mais importante que se pode tomar. Também é importante evitar o fumo passivo.
- Fazer exercício físico regularmente, na medida do possível.
- Manter uma dieta equilibrada e um peso adequado. Evitar refeições pesadas, especialmente o jantar, bebidas alcoólicas e limitar as bebidas gaseificadas.
- Evitar ambientes muito frios.
- Reduzir a poluição do ar dentro de casa, eliminando a fumaça da chaminé e outros irritantes.
- Vacinar-se contra a gripe e o pneumococo para reduzir o risco ou prevenir essas infecções respiratórias frequentes.
Número de variantes observadas
13,5 milhões de variantes
Número de loci de risco
80 loci
Genes analisados
Bibliografia
Blanco I et al. ES Geographic distribution of COPD prevalence in the world displayed by Geographic Information System maps. Eur Respir J. 2019 Jul 18;54(1):1900610.
Sakornsakolpat P et al. Genetic landscape of chronic obstructive pulmonary disease identify heterogeneous cell-type and phenotype associations. Nature Genetics. 2019 Mar;51(3):494-505.