Clomipramina (Dosagem)

A clomipramina é um antidepressivo utilizado no tratamento da depressão, fobias, ansiedade e síndrome obsessivo-compulsivo, entre outros. As diferenças na resposta aos medicamentos podem ser mediadas pela presença de polimorfismos nos genes CYP2D6 e CYP2C19.

Clomipramina é um antidepressivo tricíclico (TCA). É indicada no tratamento de depressão, fobias, ataques de pânico, síndromes obsessivas, enurese noturna e certos tipos de narcolepsia, embora atualmente seu uso terapêutico seja principalmente no tratamento da dor.

MECANISMO DE AÇÃO

Clomipramina inibe a recaptação neuronal de noradrenalina, norepinefrina e serotonina liberada em fenda sináptica.

Clomipramina é um tricíclico potente com efeito menos estimulante que a imipramina. Tem um efeito sedativo intermediário entre amitriptilina e imipramina, embora com mais efeitos colaterais que este último.

É uma droga especialmente útil com vasta experiência de uso em transtornos obsessivos; em crianças, é muito útil em transtorno de déficit de atenção com/sem hiperatividade.

CONTRAINDICAÇÕES

Clomipramina é contraindicada em casos de hipersensibilidade ou sensibilidade cruzada a antidepressivos tricíclicos dibenzodiazepínicos (clomipramina, desipramina, imipramina, nortriptilina e trimipramina). A clomipramina também é contra-indicada em combinação com IMAO, ou no período de 14 dias antes ou depois do tratamento com IMAO.

PRECAUÇÕES

Precauções devem ser tomadas quando a clomipramina é prescrita em pacientes com epilepsia e com fatores predisponentes à epilepsia, em pacientes com doenças cardiovasculares, insuficiência cardiovascular, distúrbios de condução ou arritmias.

Cuidado em pacientes com história de pressão intraocular elevada, glaucoma de ângulo de fechamento, retenção urinária, insuficiência hepática grave e tumores medulares adrenais.

A atenção deve ser dada na prescrição de clomipramina em pacientes com distúrbios afetivos cíclicos, esquizofrenia, hipotensão, hipertireoidismo, alterações hematológicas e trauma craniano cerebral.

Cuidado com os idosos e em pacientes com constipação crônica (risco de íleo paralítico).

Deve ser tomado extremo cuidado ao prescrever clomipramina a pacientes em risco de suicídio.

Os exames dentários devem ser realizados em tratamentos prolongados com clomipramina.

Se a clomipramina for combinada com inibidores seletivos da recaptação da serotonina (SSRIs) ou diuréticos, existe risco de hipocalemia.

Evitar interrupção súbita do tratamento. A clomipramina não é recomendada em crianças e adolescentes.

Cautela deve ser exercida se a clomipramina for ingerida concomitantemente com drogas que prolonguem o intervalo QT cardíaco ou outras drogas serotonérgicas.

Risco de choque anafilático se a clomipramina for administrada por via intravenosa.

EFEITOS SECUNDÁRIOS

Tonturas, fadiga, cansaço, aumento do apetite, confusão, desorientação, alucinações (especialmente em idosos e pacientes com doença de Parkinson), estados de ansiedade, agitação, distúrbios do sono, mania, hipomania, agressão, perda de memória e concentração, despersonalização, agravamento da depressão, insônia, pesadelos, bocejo; tremor, dor de cabeça, mioclonia; delírio, distúrbios da linguagem, parestesia, fraqueza muscular, hipertonia muscular; boca seca, sudorese, constipação, distúrbios da acomodação visual, visão turva, distúrbios urinários, rubor de calor, midríase; taquicardia sinusal, palpitações, hipotensão postural, alterações no eletrocardiograma clinicamente irrelevantes em pacientes com estado cardíaco normal; náuseas, vómitos, perturbações abdominais, diarreia, anorexia; elevação das transaminases, comichão na pele, urticária; aumento de peso, perturbações da libido e potência, galactorreia, aumento do tamanho dos seios; perturbações do gosto, zumbido.

Após retirada abrupta ou redução de dose: náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, insônia, dor de cabeça, nervosismo, ansiedade

INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS

Clomipramina diminui o efeito anti-hipertensivo de: guanethidina, betenidina, reserpina, clonidina e alphametildopa.

Clomipramina potencia o efeito cardiovascular de: adrenalina, noradrenalina, isoprenalina, efedrina, fenilefrina.

Clomipramina potencia o efeito de: álcool, barbitúricos, benzodiazepínicos, anestésicos gerais, fenotiazina, antiparkinsonianos, anti-histamínicos, atropina, biperiden.

Clomipramina potencia a ação e a toxicidade da cumarina.

A ação da clomipramina pode ser diminuída por: barbitúricos, carbamazepina, fenitoína, nicotina, contraceptivos orais.

Clomipramina não deve ser usada com quinidina.

Há uma possibilidade de toxicidade cardíaca se a clomipramina for tomada com preparações de tireoide.

As concentrações plasmáticas de clomipramina são aumentadas com: cimetidina, metilfenidato, estrogênio.

A comedicação da clomipramina com SSRIs (inibidores seletivos da recaptação da serotonina) pode levar a efeitos aditivos no sistema de serotonina.

NOME DA MARCA

  • Anafranil ®

Genes analisados

CYP2C19 CYP2D6

Bibliografia

Hicks JK, Swen JJ, Thorn CF, et al.Clinical Pharmacogenetics Implementation Consortium Guideline for CYP2D6 and CYP2C19 Genotypes and Dosing of Tricyclic Antidepressants. Clin Pharmacol Ther, 2013; 93(5):402-8.

Hicks JK, Sangkuhl K, Swen JJ, et al.Clinical pharmacogenetics implementation consortium guideline (CPIC) for CYP2D6 and CYP2C19 genotypes and dosing of tricyclic antidepressants: 2016 update. Clin Pharmacol Ther. 2017 Jul;102(1):37-44.

Yokono A, Morita S, Someya T, et al.O efeito dos genótipos CYP2C19 e CYP2D6 no metabolismo da clomipramina em pacientes psiquiátricos japoneses. J Clin Psychopharmacol. 2001 Dec;21(6):549-55.

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