Metotrexato em artrite reumatóide (Eficácia)

O metotrexato é um análogo estrutural do ácido fólico amplamente utilizado no tratamento de alguns cancros e doenças reumáticas, tais como a artrite reumatóide. No entanto, existe uma elevada percentagem de indivíduos que não experimentam melhorias com o tratamento, o que pode estar associado a certos marcadores genéticos.

Metotrexato é um medicamento pertencente à família dos antimetabólitos que apresenta várias indicações. É usado para tratar artrite reumatóide, psoríase grave, certos tipos de câncer (linfomas, leucemias, útero, mama, pulmão, cabeça e pescoço) e também é usado como imunossupressor em transplantes de órgãos para evitar rejeição. O Metotrexato pode tratar a artrite reumatoide diminuindo a atividade do sistema imune. O Metotrexato trata o câncer retardando o crescimento das células cancerígenas. O Metotrexato trata a psoríase abrandando o crescimento das células da pele para interromper a descamação. O Metotrexato é utilizado para prevenir a rejeição do enxerto em transplantes, uma vez que diminui a atividade do sistema imune.

Metotrexato também é usado algumas vezes para tratar a doença de Crohn, esclerose múltipla, doenças autoimunes e outras condições que se desenvolvem quando o sistema imunológico ataca células saudáveis no corpo por engano.

MECANISMO DE AÇÃO

Antagonista antineoplásico e imunossupressor do ácido fólico. O Metotrexato interfere nos processos de síntese, reparo e replicação celular do DNA; pode diminuir o desenvolvimento de tecidos malignos sem dano irreversível em tecidos normais.

CONTRAINDICAÇÕES

Gravidez, amamentação, varicela existente ou recente, herpes zoster. Deve ser avaliada a relação risco-benefício em pacientes com ascite, obstrução gastrointestinal, derrame peritoneal ou pleural, disfunção renal, depressão da medula óssea, história de gota, cálculos renais, disfunção hepática, infecção, úlcera péptica e colite ulcerativa. Cuidado também deve ser exercido em pacientes em tratamento com drogas citotóxicas ou radioterapia.

EFEITOS SECUNDÁRIOS

Muitas reações adversas são inevitáveis e representam a ação farmacológica do metotrexato; por exemplo, leucopenia e trombocitopenia, que são utilizadas como indicadores da eficácia do medicamento e facilitam o ajuste da dose individual. O desenvolvimento de efeitos secundários requer atenção médica apenas se persistirem ou forem irritantes: anorexia, náuseas e vómitos. Os efeitos colaterais que são mais frequentes e requerem atenção médica são: hematemese, diarreia, hematúria, artralgia e edema. Com a administração intratecal pode aparecer: visão turva, confusão, tontura, sonolência, dores de cabeça, convulsões ou fadiga incomum. Alopécia não requer atenção médica. O desenvolvimento de certos efeitos secundários pode indicar uma possível toxicidade do sistema nervoso central: visão turva, confusão, tonturas e dores de cabeça. Efeitos colaterais são mais prováveis de ocorrer em pacientes muito jovens ou idosos.

Quando usado como antineoplásico, os efeitos colaterais que podem ser desenvolvidos são os seguintes: Leucocitopenia, trombocitopenia, anemia; cefaleia, fadiga, sonolência, parestesia; complicações pulmonares por alveolite/pneumonite intersticial (sintomas típicos): mal-estar, tosse irritante e seca, desconforto respiratório que progride para dispneia em repouso, dor torácica, febre); perda de apetite, náusea, vômito, dor abdominal, inflamação e ulceração da mucosa da boca e garganta, estomatite, dispepsia, diarreia; erupção cutânea, eritema, prurido; aumento das enzimas hepáticas (ALAT, ASAT, fosfatase alcalina e bilirrubina).

Se ocorrer uma sobredosagem de metotrexato, este deve ser resgatado com ácido folínico por infusão intravenosa em doses até 75 mg nas primeiras 12 horas, seguida de ácido folínico 15 mg oral ou intravenoso a cada 6 horas, pelo menos 4 doses, até que os níveis séricos de metotrexato sejam inferiores a 5x10-7 M. Um tratamento com carboxipeptidase G2 intravenosa e intratecal tem sido publicado para acelerar a depuração do metotrexato.

INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS

A administração simultânea de metotrexato intratecal com aciclovir pode produzir anormalidades neurológicas. O metotrexato aumenta o risco de hepatotoxicidade com álcool ou medicamentos hepatotoxicos. O metotrexato aumenta a concentração de ácido úrico no sangue, pelo que é necessário reajustar a dose de alopurinol, colchicina ou probenecide. O metotrexato aumenta a atividade anticoagulante e o risco de hemorragias reduzindo a síntese hepática dos fatores de coagulação, por isso a dose de anticoagulantes derivados da cumarina precisa ser regulada. O uso de AINEs aumenta o risco de agranulocitose (fenilbutazona). A asparaginase pode bloquear os efeitos do metotrexato inibindo a replicação celular. A administração de citoabina após o início da terapia com metotrexato pode produzir um efeito citotóxico sinérgico. O ácido fólico pode interferir com os efeitos antifolatos do metotrexato. A canamicina oral aumenta a absorção do metotrexato oral. A neomicina oral diminui a absorção do metotrexato oral. Probenecid e salicilatos podem inibir a excreção renal do metotrexato. Pirimetamina, triamtereno ou trimetoprim podem aumentar os efeitos tóxicos do metotrexato devido às suas acções semelhantes às dos antagonistas do ácido fólico.

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NOMES DE MARCAS

  • Rheumatrex®
  • Trexall®
  • Bertanel®
  • Metoject®
  • Emthexate®

Genes analisados

ATIC SLC19A1

Bibliografia

Abdallah HY, Ibrahim ME, Abd El-Fadeal NM, et al. Pharmacogenomics of Methotrexate Pathway in Rheumatoid Arthritis Patients: Approach toward Personalized Medicine. Diagnostics (Basel). 2022 Jun 27;12(7):1560.

Chen Y, Zou K, Sun J, et al. Are gene polymorphisms related to treatment outcomes of methotrexate in patients with rheumatoid arthritis? A systematic review and meta-analysis. Pharmacogenomics. 2017 Jan;18(2):175-195.

Lee YH, Song GG. A meta-analysis of the association between the ATIC 347 C/G polymorphism and methotrexate responsiveness and toxicity in rheumatoid arthritis. Semin Arthritis Rheum. 2024 Feb;64:152337.

Lima A, Bernardes M, Azevedo R, et al. Moving toward personalized medicine in rheumatoid arthritis: SNPs in methotrexate intracellular pathways are associated with methotrexate therapeutic outcome. Pharmacogenomics. 2016 Oct;17(15):1649-1674.

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