Hérnia abdominal

Uma hérnia abdominal é a fuga do conteúdo abdominal através de um ponto enfraquecido na parede muscular, causando uma protuberância visível. São relativamente comuns, não se resolvem por si só e podem exigir cirurgia.

Os factores de risco para o desenvolvimento de hérnias são os seguintes

• Sexo: é muito mais frequente nos homens do que nas mulheres. Além disso, a grande maioria dos recém-nascidos que desenvolvem hérnias são do sexo masculino.
• Tosse crónica: a tosse durante um longo período de tempo, como a associada ao tabagismo, aumenta o risco.
• Prisão de ventre: o esforço durante a defecação é uma causa frequente.
• Excesso de peso e obesidade: o excesso de gordura abdominal aumenta a pressão sobre o abdómen.
• Gravidez: esta condição pode levar ao enfraquecimento dos músculos abdominais.
• Trabalho físico pesado: ter um emprego que exija uma carga contínua de peso.
• cirurgia abdominal
• parto prematuro
• História pessoal de hérnia: se já teve uma hérnia anteriormente, é mais provável que desenvolva outra.

Os sintomas podem variar consoante a localização da hérnia, sendo as hérnias inguinais, femorais, umbilicais e epigástricas as mais comuns.

Todas as formas de hérnia abdominal se manifestam como uma protuberância dura e tensa que não pode ser desfeita. Além disso, pode tornar-se mais percetível quando se faz um esforço, como tossir ou levantar pesos. Normalmente, não existem outros sintomas, mas também podem ser acompanhados por uma sensação de ardor ou dor, uma sensação de peso (especialmente nas hérnias inguinais).

Uma das complicações graves das hérnias é o estrangulamento do conteúdo da hérnia, que pode interromper o fluxo sanguíneo e requer uma intervenção cirúrgica urgente.

O risco de hérnia abdominal pode ser reduzido através de acções que reduzam a pressão no abdómen. Estas acções incluem

• Manter um peso saudável.
• Evitar a obstipação com uma dieta saudável rica em fibras.
• Quando se esforçar, esteja atento e fortaleça a zona abdominal para minimizar o impacto.
• Deixar de fumar. Fumar provoca tosse crónica, o que aumenta o risco de disfunção da parede abdominal.
• Praticar exercícios de reforço da parede abdominal, sobretudo nas pessoas de maior risco, como as mulheres grávidas ou após determinadas cirurgias. Nestes casos, a fisioterapia pode ser muito benéfica.